quarta-feira, março 26, 2008

A arte, se bem que alguns queiram que assim seja, não é território de eleitos, é antes um local de comunhão de expressões, de coisas que não se dizendo tomam forma, não havendo limites para os meios (matérias primas e ferramentas). Mesmo o mais dotado e virtuoso dos desenhadores ou pintores, produzirá ocas obras se o seu talento não encontrar correspondência no conteúdo.

Na verdade (o que eu gosto de um bom paradoxo ao cair da noite...) a arte é território de eleitos, um local de confronto e discórdia formal, de subjectividade e personalidade ao rubro, é sangue, risco e nódoa...

Nos tempos da era digital tudo se complica e a velha questão do autor assume-se cada vez mais como a vanguarda do problema. tenho de ser "eu" aqui nesta folha, irrepetível. Até a mais simples brisa se soprada da montanha ou das falésias costeiras, ganhará um poder que a ultrapassa, trazendo marcada na percepção a sua origem indelével.

Sem comentários: