segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Hoje mudei de ideias: as manhãs não são obscenas. Acordei mais cedo do que o costume e nesta em concreto, apesar de invernal, trazia no sol de céu limpo um ambiente aconchegado, quase quente. A cor tem destas coisas, quentes e frias e os olhos enganam-nos ao ponto de lhe entregarmos como um tributo a nossa pele arrepiada. Acontece que hoje, por ser domingo, as moles humanas ficaram em casa, espalhadas nos restos nocturnos e nas camas desfeitas, deixando-me assim livres alguns quilómetros de estrada e uma certa ideia de horizontalidade na paisagem.
Hoje mudei de ideias: afinal do que eu não gosto é de plurais, gosto da humanidade, da natureza, do mar, da paisagem, desde que não se me deparem os terríveis ésses, sempre prontos a lançar a confusão e a criar uma falsa sensação de diversidade. Só por causa disso e a partir de agora, neste texto não vai haver mais ésses, acabou-e. Foram muito ano a entir coia delocada do eu próprio contexto. Afinal goto da manhã, e ela vier ózinha, erena e calma, ingular. Hoje mudei de ideia.

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